

Um Sistema de Informação em Saúde, vulgo SIS, é um conjunto de componentes que actuam de forma integrada, através de mecanismos de colheita, processamento, análise e transmissão da informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde. Seu propósito é selecionar dados pertinentes e transformá-los em infor- mações para aqueles que planificam, financiam, provêem e avaliam os serviços de saúde.
O processo de gestão do sector saúde exige a tomada de decisões de alta responsabilidade e relevância social. As informações podem funcionar como um meio para diminuir o grau de incerteza sobre determinada situação de saúde, apoiando o processo de tomada de decisões. Entretanto, devemos ter clareza de que: o que sustenta estas decisões são os valores, os fun- damentos, os pressupostos, a visão de mundo e, particularmente, a concepção de modelo de atenção à saúde daqueles envolvidos no processo de gestão do sector saúde.
As informações são importantes quando podem contribuir para um processo de reflexão, ava- liação e tomada de decisões sobre o enfrentamento de uma determinada situação de saúde. Segundo Guido de C. Santos “(…) o termo sistema traz de imediato, a ideia de um todo, que defi- nem a sua estrutura e o seu funcionamento e o dirigem a um fim determinado.” Deve-se também considerar que um sistema pode sofrer influências externas. Os dados resultantes desta atenção, constituem a base para gerar informações.
Os dados que escolhemos e o modo como os combinamos refletem o referencial explicativo (os pressupos- tos, os valores etc.) que orienta a nossa visão de mundo, ou seja, o nosso “modo de ver” ou de conhecer uma determinada situação.
Os dados não falam por si. Eles são como uma matéria-prima, sobre a qual trabalhamos (jutando-os, correlacionando-os, contrapondo-os etc.) buscando produzir informações que se traduzam em um conhecimento e/ou uma interpretação.
A partir da combinação de dados gera-se informações e elabora-se uma interpretação. Pode- -se entender esta interpretação como uma avaliação, buscando-se construir um conheci- mento e a formar um juízo sobre determinada situação.
Necessariamente, este juízo incorpora as concepções, os pressupostos, os valores e as referên- cias que fundamentam a visão de mundo do sujeito que interpreta a situação.
A informação é o produto obtido a partir de uma determinada combinação de dados, da ava- liação e do juízo. É um importante recurso para subsidiar o processo de tomada de decisão, de planificação, de execução e de avaliação das acções desencadeadas.
Portanto, o mais importante é a capacidade de definir quais as informações e, conse- quentemente, quais os dados são pertinen- tes e realmente necessários para responder perguntas que possibilitem conhecer, avaliar e decidir sobre como agir numa determinada situação.
A clareza na definição das informações necessárias pode significar uma grande “eco- nomia” na colheita, processamento e arma- zenamento de dados. Como também no processo de produção e de disseminação das informações.
A Mpox, anteriormente conhecida como Monkeypox ou Varíola dos macacos, é uma doença viral zoonótica causada pelo vírus monkeypox (Mpox Vírus), uma espécie do gênero Orthopoxvirus. Existem dois clados (organismos da mesma origem e diferentes geneticamente) distintos do vírus; o clado I com os subclados Ia e Ib e o clado II com os subclados IIa e IIb (OMS, 2024; Mitia O at al, 2022).
Existem quatro vacinas contra a varíola humana e protegem contra a Mpox devido a proteção cruzada para os vírus do gênero Orthopox;
Após varíola humana ser declarada erradicada pela OMS, em 1980; o mundo deixou de se vacinar e abriu janela de oportunidade para circulação dos Orthopox vírus;
Estudos mostram uma evolução do Mpox vírus em África e uma adaptação à espécie humana;
Hoje se suspeita que os principais hospedeiros do Mpox vírus sejam roedores silvestres africanos, ratos e esquilos das florestas ainda pouco conhecidos