

Em uma era em que tecnologia e assistência médica se entrelaçam mais do que nunca, a entrega aprimorada de assistência médica por meio de sistemas de informação se destaca como um avanço essencial. Ao aproveitar a análise de dados e agilizar as comunicações, esses sistemas melhoram os resultados dos pacientes e a eficiência operacional. Esta exploração se aprofunda em como os sistemas de informação inovadores estão revolucionando as práticas de assistência médica, garantindo que o atendimento de qualidade seja acessível e eficaz para todos os pacientes.
Um Sistema de Saúde tem vários componentes (centros de saúde, Consultas externas de especialidade, farmácia, hospital etc.) que produzem vários tipos de acções (consultas médicas, vacinação, vigilância sanitária etc.); segundo normas próprias. Entretanto, para considerá-lo enquanto um sistema deve haver uma interligação e uma interação entre esses componentes que se espera, resulte numa atenção organizada, produzindo respostas às necessidades de saúde de uma determinada população.
Os dados resultantes desta atenção, constituem a base para gerar informações. Os dados que escolhemos e o modo como os combinamos refletem o referencial explicativo (os pressupostos, os valores etc.) que orienta a nossa visão de mundo, ou seja, o nosso “modo de ver” ou de entender uma determinada situação.
Nas várias situações que a vida coloca, cada pessoa segundo (ou seguindo) suas referências, constrói uma interpretação particular. Ainda que os mesmos dados sejam identificados e utilizados por diferentes pessoas, ao combiná-los cada um constrói sua interpretação.
A componente análise de dados dentro do Sistema de Informação em Saúde, desempenha um papel fundamental na melhoria da prestação de serviços de saúde, transformando dados brutos em elementos compreensíveis. Ela permite que as organizações identifiquem tendências, optimizem a alocação de recursos e melhorem as estratégias de atendimento ao paciente. Ao alavancar a análise, os provedores de serviços de saúde podem monitorizar métricas de desempenho, prever resultados do paciente e personalizar planos de tratamento. Essa abordagem proactiva, em última análise, promove uma melhor tomada de decisão e melhora a qualidade geral do atendimento prestado aos pacientes.
Epidemias de doenças neurodegenerativas supostamente causadas por toxinas alimentares foram relatadas nos trópicos em uma compreensão clara de seus mecanismos patogénicos, entre elas a doença Konzo. O primeiro surto relatado desta entidade nosológica ocorreu na província de Bandundu, na República Democrática do Congo (RDC), em 1936-1938, e o segundo foi na província de Nampula, no nordeste de Moçambique, em 1981. Mais de 1.000 casos foram relatados em cada surto que atingiu vários agrupamentos familiares; no entanto, informações actualizadas indicam que a incidência de Konzo é média na RDC. O número total de casos é desconhecido, havendo uma estimativa de 100.000 casos. Os surtos geralmente ocorrem durante as épocas secas atingindo indivíduos de famílias que vivem em pobreza absoluta agravada pelas guerras, onde podem permanecer por semanas ou meses ingerindo mandioca e seu processamento da mesma for inadequado. Pequenos surtos e casos esporádicos foram relatados em outros países, nomeadamente Tanzânia, República Centro-Africana, Camarões e Angola. A Organização Mundial da Saúde define o Konzo como uma visível anormalidade espástica da marcha quando se anda ou corre. Outros autores definem-na como uma doença irreversível do neurónio motor superior causada por cianetos; do ponto de vista psicossocial pode ser definida como uma doença neurotóxica à qual as pessoas sucumbem quando não têm nada para comer, exceto as raízes brancas da mandioca; na verdade, é a pobreza que está directamente ligada a essa condição. (Baguma M et al, 2021; Abotnes EK et al, 2018; Maxmen A, 2016; Boivin MJ, 2014; OMS/AFRO, 2012; Valente A, 2004; OMS, 2006; Staes. B, 2006; Gani AI, 1997).
Os primeiros casos de Konzo foram descritos entre 1936 à 1938 pelo Dr. G.Trolli;
Nome “Konzo” provem da tribo Yaka da República Democrática do congo, e significa pernas amarradas (aspeto da paraparésia);
O dano mental causado pela doença é semelhante ao que ocorre pela exposição ao chumbo, mas mais sutil;
Fundação Bill e Melinda Gates têm apoiado tentativas de produção de mandioca com menos cianeto, ainda sem sucesso.