

A Imagiologia tem sido, desde a descoberta dos Raios-X em 1895 por Wilhelm Conrad Röntgen, uma das áreas médicas que mais contribuiu para o avanço do diagnóstico e acompanhamento clínico (1). Hoje, a prática radiológica atravessa um período de transformação acelerada, impulsionada pela evolução tecnológica, pela digitalização dos processos e pelo contributo crescente da inteligência artificial (IA).
O diagnóstico por imagem deixou de ser apenas um meio complementar e tornou-se central em inúmeras decisões clínicas. A introdução de equipamentos de Ressonância Magnética de última geração, como sistemas helium-free e baseados em arquiteturas digitais, permite não só maior sustentabilidade ambiental, como também qualidade de imagem superior e maior conforto para o cliente (2). Por outro lado, a Tomografia Computorizada de múltiplos cortes evoluiu para protocolos de baixa dose, mantendo elevada resolução espacial, essencial no diagnóstico precoce de patologias torácicas, cardíacas, neurológicas, entre outras (3).
A digitalização também trouxe profundas mudanças na forma como os resultados são partilhados. Plataformas de PACS avançados e soluções de integração com sistemas de partilha digital, como relatórios acedidos via QR-code, permitem um acesso rápido, seguro e desmaterializado da informação clínica. Esta realidade traduz-se não apenas em eficiência operacional, mas também em maior satisfação dos clientes e médicos solicitantes, que valorizam a rapidez e a praticidade na comunicação de resultados (4).
O papel da inteligência artificial na radiologia tem sido alvo de discussão intensa. Se, por um lado, os algoritmos de deep learning aplicados à detecção de lesões em RM, TC e mamografia demonstram grande potencial, por outro, é essencial reforçar que estas ferramentas devem ser encaradas como complementares à prática médica. O olhar crítico e a experiência clínica do radiologista permanecem insubstituíveis. A IA não vem substituir o profissional, mas sim potenciar a sua capacidade de análise, permitindo diagnósticos mais rápidos, padronizados e precisos (5).
O futuro da imagiologia será marcado pela integração de soluções digitais cada vez mais robustas, pela sustentabilidade dos equipamentos, pela redução dos tempos de exame e, sobretudo, pela centralidade do cliente em todo o processo diagnóstico. O técnico de radiologia, enquanto elo fundamental na execução, segurança e qualidade dos exames, terá um papel ainda mais relevante: adaptar-se continuamente às novas tecnologias, liderar processos de inovação e manter o compromisso com a humanização no atendimento (6).
Em suma, a Imagiologia não é apenas uma ferramenta de apoio, mas um verdadeiro pilar da medicina moderna. O futuro aponta para diagnósticos mais personalizados, rápidos e sustentáveis, onde tecnologia e conhecimento clínico caminham lado a lado em benefício do cliente (7).
Referências
Biografia
O meu nome é Carlos Manuel Lima Araújo Martins e sou Técnico Coordenador de Imagiologia no Aliva Saúde, com mais de 12 anos de experiência em Radiologia, RM, TC, RX e densitometria óssea. Licenciado em Radiologia pela Universidade de Aveiro – Portugal, trabalhou em instituições de referência em Portugal e Angola, tendo igualmente desempenhado funções de formador em técnicas de imagem. Atualmente, lidera a equipa de imagiologia do Aliva Saúde, com enfoque na inovação tecnológica, gestão de qualidade e integração de soluções digitais no diagnóstico por imagem.